domingo, 12 de junho de 2011

NOTA 10: UniBH promove Eco brechó


Com a intenção de promover uma interação saudável, entre o que é bom para as pessoas e para a natureza, o Centro Universitário de Belo Horizonte, Uni-BH, lançou mão de uma idéia muito inovadora sobre “sustentabilidade”. A universidade realizou pelo segundo ano o “Ecobrechó do UniBH” entre os dias 06 e 10 de junho.

Para oficializar a abertura do II Eco brechó, alunos, professores e colaboradores do UniBH assistiram uma palestra sobre “Consumo consciente”.

O projeto que é uma iniciativa dos alunos do curso de Geografia e Análise Ambiental consiste em uma grande feira de produtos novos e usados. Durante a feira os participantes trocam um produto em bom estado de conservação por uma ecomoeda, que permite a aquisição de outro produto.

Os dois primeiros dias do brechó são dedicados à troca dos produtos por uma ecomoeda e, nos outros dois dias, os participantes escolhem o produto que desejam ‘comprar’. “A ideia é ‘reciclar’, por meio da troca, objetos que, muitas vezes, vão parar no lixo e agredir o meio ambiente”, explica o coordenador da Geografia, professor Júlio Ribeiro.

Durante o Eco brechó ocorreram trocas de produtos como roupas, sapatos, livros, brinquedos, bijuterias, produtos de artesanato, enfim, objetos de pequeno porte de maneira geral, que não estejam mais em uso e que apresentem bom estado de conservação. Só não foram aceitos alimentos e objetos de grande porte, como bicicletas, sofás, etc..

Quem sabe isso não vira tendência?


Redação: Matheus Baldi

Podcast - Colares Sustentáveis

http://www.4shared.com/audio/lp3qn_XP/Podcast_Feira_Hippie_2.html

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bolsas feitas com sacos de cimento




     Produzidas pelo estilista mineiro Rogério Lima, as bolsas feitas com sacos de cimento estão na moda. A idéia surgiu no momento de reforma do Showroom, onde o estilista observou que os sacos ficavam expostos a sol e chuva e não se desgastavam.

     “Em BH, todos os pedreiros me conhecem. Eu ia de construção em construção enchendo o carro com a matéria-prima, que depois era limpada uma a uma com um paninho úmido, antes de serem tratadas e costuradas”, conta a designer Claudia Moura, que trabalha na marca.

    Ao todo, são mais de 50 modelos de bolsas e carteiras. Com ferragens douradas, zípers e a parte interna cheia de divisórias, os acessórios fazem tanto sucesso que agora não depende mais das obras de engenharia da capital mineira para serem produzidas. “Fechamos uma parceria com a Cauê, que fornece cerca de 2% de perda da produção deles pra gente.” declara a designer.

     Os modelos podem ser vistos no site do estilista: http://www.rogerio-lima.com e comprados na loja da Cavalera, ou, para quem está na capital, há o showroom que fica no bairro Bonfim. Os preços variam de R$ 389 a R$ 1.149.

        Redação: Leila Goddard



Novo campo de investimento: Ecobags

Para algumas pessoas,as ecobags tem se tornado acessório considerável em seus looks, as sacolas de pano podem ser encontradas em diversos modelos, cores, tamanhos, estampas e o mais importante matérias-primas sustentáveis, possibilitando a composição de diversos estilos.
Além de colaborarem para a preservação do meio ambiente as ecobags tem se tornado um promissor negócio financeiro. É com senso de responsabilidade social que a artesã Cássia Nascimento Lima vem expandindo suas fabricações artesanais investindo nas bolsas retornáveis.
A artesã iniciou sua fabricação de artesanatos, aos nove anos de idade, fazendo joguinhos de cozinhas, rosas para cabelo, bordados e costuras diversas, mas a partir do momento que moda e sustentabilidade entraram em foco que a artesã investiu na fabricação de sacolas de pano, e a aproximadamente três meses ela vem aprimorando a produção.
Cássia disse entender que atualmente as pessoas tem optado pelo uso das sacolas de pano não somente pelo fato de estar na moda, mas por uma questão de conscientização ambiental.
As Ecobags confeccionadas pela artesã são de sarja um tecido 100% de algodão cru, além disso, é um material resistente, ela da asas a criatividade nas sacolas adornando-as com bordados de crochê, renda e entre outros. Cássia afirma que muitos fabricantes estão tirando proveito em seus produtos colocando os preços elevados onde poderiam estar mais accessíveis a todos os públicos. E disse levar muito a sério as questões ambientais. Suas sacolas podem ser adquiridas por consumidores desde a classe C, o investimento na produção das  Ecobags é por acreditar que um dia as pessoas vão assumir o compromisso de cuidar do meio ambiente num todo.
Cássia cita as vantagens de se usar as Ecobags, que podem ser tanto para compras, como para um passeio e que as bolsas são dobráveis e de fácil armazenamento devido ao material usado, depois do sucesso com as ecobags em sua maioria utilizadas pelo público feminino, agora ela pensa em alcançar também o público masculino.
As Ecobags e outros produtos da artesã Cássia Lima você pode encomendar pelo telefone (31) 3421-5652.


Redação: Lucélia Cristina
Fonte: Cássia Maria Nascimento Lima



quarta-feira, 18 de maio de 2011

O que os olhos veem, os bichos sentem


Com a aproximação do inverno, as lojas de luxo enchem as vitrines e os olhos das mulheres com roupas feitas com pele de animais e muitas delas acabam aderindo a essa moda nada sustentável.
Na última semana de moda de Nova York, muitos estilistas trouxeram peles para as passarelas. Mesmo sendo considerada por muitos profissionais da moda como uma gafe, muitas compradoras continuam desejando vestir e usar estes itens, que remeteriam ao luxo e à riqueza.
Enquanto a Arezzo, Colcci e Iódice se comprometeram em não utilizar mais peles naturais, a Le Lis Blanc soltou um comunicado no Facebook declarando que todas suas peles possuem certificado e são oriundas de frigoríficos que vendem a carne para fins alimentícios. Porém, o uso de peles verdadeiras é uma abertura para as práticas de crueldade que causam sofrimento intenso nos animais.
Para se ter uma noção, um único casaco de pele necessita, de acordo com o material usado, de cem chinchilas ou onze raposas douradas para ser confeccionado, segundo a organização brasileira Pet Vale.
De acordo com ONG’s ambientalistas, 85% de toda a produção de peles vêm de animais criados em cativeiro. As campanhas ambientalistas são, em boa parte, baseadas em imagens do que ocorre com os outros 15%, os caçados na natureza. Não há quem não fique comovido com a imagem de um filhote de foca sendo morto a pauladas na cabeça para evitar danos ao pêlo. Todos os anos, 275.000 animais são mortos desse jeito no Canadá. Cada pele é vendida a 30 dólares.


No Brasil
Em terras brasileiras, os desfiles de Outono/Inverno também apostaram no tecido, mas os estilistas usaram pele sintética, cujo efeito é lindo e nada fica devendo à verdadeira. Esta atitude está dentro da ideia apresentada pelo deputado federal Weliton Prado, do PT de Minas Gerais, que apresentou o projeto de lei 684/2011, que visa criminalizar o uso de peles verdadeiras em eventos de moda, como, por exemplo, nos desfiles do São Paulo Fashion Week
Segundo o deputado federal Weliton Prado, do PT, a intenção surgiu após a última edição do Fashion Rio, na qual diversos estilistas brasileiros usaram peles naturais. O PL 684/2011 foi acompanhado de outro projeto, o PL 689/2011, que prevê a realização de campanhas educativas que expliquem materiais alternativos ao uso da pele. “Existem vários outros produtos que atendem o inverno brasileiro, como o tricô e as peles sintéticas, que são mais leves, mais duráveis e práticas para cuidar“, explica o deputado.
O projeto visa reforçar a ideia de que a moda precisa coexistir e se integrar-se com o meio ambiente, e o uso de peles de animais significa dizer não a essas necessidades. “O mundo todo está voltado para a questão do meio ambiente e da sustentabilidade, estamos começando a criar uma nova consciência”, afirma Welinton.
O projeto de Welinton acrescenta artigo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Para o autor, a criminalização do uso de pele de animais nas passarelas é uma forma de coibir o comércio do produto. O deputado ainda lembra que a União Europeia proíbe o comércio de produtos oriundos de pele de cães e gatos.
Inicialmente o projeto de lei restringe-se a eventos de moda, e não pode ser aplicado no comércio de roupas e outros objetos de peles não divulgados em eventos. Mas é um grande avanço por atender à nova demanda sociocultural de condenação ao uso de objetos de peles de animais.
Os projetos atualmente estão em fase de análise pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, estando abertos para mudanças. Após aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, os projetos serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois de passarem pelas duas comissões, seguem para avaliação da presidente Dilma. Se forem aprovados, viram instantaneamente lei, já que possuem caráter conclusivo, isto é, não precisam passar por votação na Câmara dos Deputados.

Redação: Matheus Baldi
Fontes: PetVale e Modaspot